Glossário

  • Ativos das empresas

    Bens e direitos que são utilizados economicamente pelas empresas.
  • Autogeração de energia

    Quando o consumidor (de qualquer tipo) gera energia para seu próprio uso.
  • Autoprodução de energia

    É aquela realizada por pessoa física ou jurídica ou, ainda, por empresas reunidas em consórcio que são autorizadas ou recebem uma concessão para produzir energia elétrica destinada ao seu próprio uso (definição dada pelo decreto n° 2.003, de 10 de setembro de 1996). A eletricidade excedente pode ser comercializada com a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
  • Benchmarking

    É uma comparação de empresas que desejam aprimorar o seu desempenho com outras que podem servir de modelo ideal por já terem alcançado um patamar de excelência. É um tipo de regulação por incentivos. No benchmarking, comparam-se os comportamentos de vários agentes, observando, então, o comportamento médio do setor e não de cada um deles em separado. Podem ser comparados, por exemplo, comportamentos dos custos gerenciáveis, medidas de qualidade de serviço, de perdas não técnicas, entre outros. Por meio desse método, pode ser realizada uma comparação de desempenhos entre as concessionárias de distribuição existentes e as empresas modelo para simular situações de competição e buscar meios para que as primeiras atinjam o desempenho destas últimas.
  • Biomassa

    É a matéria-prima obtida a partir de resíduos de organismos vivos, como bagaço de cana, esterco, madeira, entre outros, que é usada como combustível para a produção de energia elétrica.
  • Camada de ozônio [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O ozônio (O₃) é um dos gases que compõem a atmosfera terrestre e cerca de 90% de suas moléculas estão concentradas entre 20 e 35 km de altitude, na estratosfera, região conhecida como Camada de Ozônio. Essa camada é essencial para a vida na Terra porque atua como um filtro natural, absorvendo a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), que é nociva aos seres vivos.
  • Capacidade instalada

    É a capacidade máxima de produção instantânea de energia elétrica que um gerador possui. Trata-se de uma medida de potência, referindo-se à quantidade máxima de energia possível de ser instantaneamente gerada.
  • Carga

    Demandas de potência ativa e reativa em determinado ponto de interesse. Por exemplo, de um consumidor, de um grupo de consumidores, de um setor, de um transformador ou região geográfica do sistema elétrico. A carga máxima equivale à carga (ou potência) máxima (taxa temporal de transferência de energia) no momento em que é necessária a maior quantidade de energia.
  • Circuito

    Sistema por meio do qual a eletricidade flui. É composto por elementos como condutores elétricos, resistores, transformadores, linhas de transmissão, entre outros.
  • Clorofluorcarbonos (CFCs) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Compostos químicos sintéticos formados por cloro, flúor e carbono. Foram amplamente utilizados ao longo do século XX como propelentes de aerossóis e fluidos refrigerantes. Apesar de estáveis na troposfera, destroem o ozônio quando alcançam a estratosfera. Por isso, foram alvo de controle e eliminação progressiva pelo Protocolo de Montreal.
  • Cogeração

    Processo de geração combinada de duas formas diferentes de energia a serem utilizadas: térmica e mecânica. A primeira geralmente é utilizada em processos que requerem uso de vapor (temperaturas altas) e a segunda usualmente para gerar eletricidade.
  • Comitê Executivo do Fundo Multilateral (ExCom) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O Comitê Executivo (do inglês Executive Committee - ExCom) é o órgão responsável por supervisionar a operação do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal (FML). Suas principais atribuições incluem supervisionar e orientar a administração do Fundo Multilateral, definir critérios de elegibilidade e diretrizes para a implementação de projetos, revisar regularmente relatórios de desempenho das atividades financiadas, monitorar e avaliar os custos envolvidos e aprovar programas que auxiliem os Países Parte do Artigo 5 no cumprimento do Protocolo.
  • Concessionárias

    São empresas que estabelecem um contrato de concessão com o Poder Concedente, que lhes fornece o direito e o dever de prestar um serviço público.
  • Consumidores cativos

    Aqueles que compram a eletricidade diretamente e obrigatoriamente da distribuidora local.
  • Consumidores livres

    São aqueles que possuem liberdade de negociação e de escolha para comprar a eletricidade que precisam diretamente do gerador ou de um intermediário (comercializador).
  • Contrato unilateral

    Firmado entre duas partes, mas, neste caso, uma delas possui direitos, enquanto que a outra arca com as obrigações.
  • Contratos bilaterais

    Aqueles firmados entre duas partes e que apresentam direitos e obrigações para ambas.
  • Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Tratado internacional criado em resposta à destruição da camada de ozônio. Adotado em 22 de março de 1985 e com entrada em vigor em 22 de setembro de 1988, a Convenção estabelece um quadro para a cooperação global por meio da troca de informações científicas, monitoramento e pesquisa sobre os efeitos das atividades humanas na camada de ozônio. Foi o primeiro tratado desse tipo a ser assinado por todos os países envolvidos, alcançando ratificação universal em 2009. Embora não imponha reduções obrigatórias no uso de substâncias nocivas, a Convenção preparou o caminho para o Protocolo de Montreal.
  • COP da Convenção de Viena [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    A Conferência das Partes (do inglês Conference of Parties - COP) é o principal órgão de tomada de decisões da Convenção de Viena, reunindo-se a cada dois anos. Sua função é revisar a implementação da Convenção, avaliar o cumprimento de suas diretrizes e adotar medidas necessárias para garantir sua efetividade. Além disso, a COP estabelece diretrizes e decisões para fortalecer a proteção da camada de ozônio.
  • Curvas de carga

    São gráficos que representam a anotação hora a hora da carga demandada ao longo do dia. O intervalo apresentado pode, com menor frequência, corresponder a uma semana, mês ou ano.
  • Custos marginais

    O custo de prover um serviço para uma unidade a mais. No caso da distribuição de energia elétrica, são os custos que correspondem à mudança que a entrega de uma unidade a mais de eletricidade pode causar nos custos totais.
  • Demanda

    É a média da potência elétrica instalada em operação pelos consumidores durante um período de tempo especificado, normalmente quinze minutos, sofrendo alterações à medida que os equipamentos dos consumidores são ligados ou desligados.
  • Deplecionamento

    É a redução de algo. No caso dos reservatórios de hidrelétricas, significa a redução do volume de água armazenada.
  • Despacho

    Injeção da eletricidade gerada pelas usinas no sistema.
  • Distribuição

    Transporte de eletricidade através dos circuitos da rede da distribuidora formados pelos postes, transformadores e cabos.
  • Distribuidoras

    Empresas que contabilizam todo o processo de distribuição da energia consumida em uma região específica, sendo responsáveis pela operação, construção e manutenção da infraestrutura de distribuição da região onde atuam. Elas contabilizam e cobram o consumo energético e o uso do sistema nessa região.
  • Eficiência energética

    Relação entre a energia útil (isto é, aquela realmente convertida na forma desejada para uso final) e a energia consumida pelo equipamento (ou conjunto de equipamentos) realizando essa conversão energética. Aparelhos energeticamente mais eficientes são aqueles que gastam menos energia para cumprir o seu propósito. Também pode ser entendida como usufruir mais de um mesmo serviço energético consumindo menos energia. O aumento da eficiência energética reduz o consumo de eletricidade e a sobrecarga no sistema em determinados períodos do dia.
  • Emenda de Kigali [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Adotada na 28ª Reunião das Partes do Protocolo de Montreal em 15 de outubro de 2016, em Kigali, Ruanda, a Emenda estabelece um compromisso global com metas para a redução da produção e do consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs). Os HFCs surgiram como substitutos de substâncias destruidoras da camada de ozônio. Embora os HFCs não destruam a camada de ozônio, são poderosos gases de efeito estufa, alguns com o potencial de aquecimento terrestre até 12 mil vezes maior do que o do principal gás de efeito estufa, que é o CO₂. Em 19 de outubro de 2022, o Brasil entrou para a lista da ONU dos países que já ratificaram a Emenda.
  • Encargos

    São recursos coletados dos consumidores de energia para viabilizar a implantação de políticas públicas e a operação e a manutenção de todo o setor, assumidas pelo governo federal e distribuídas diretamente entre os diversos agentes do setor. São exemplos de encargos: remuneração de órgãos públicos do setor, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS); incentivos para promover estratégias do planejamento energético, como universalização da energia, tarifas sociais, fundos para pesquisa e eficiência energética e coberturas de custos de operação decorrentes de restrições do sistema.
  • Energia

    A energia consumida por um equipamento equivale à a sua potência multiplicada pelo tempo de uso. No caso da eletricidade, sua medida é o watt-hora (Wh), que representa, por exemplo, o consumo energético de um equipamento de um watt de potência funcionando durante uma hora ou um equipamento de 2 watts operando durante meia hora ou, ainda, um de 60 watts (como um ventilador de mesa) ligado durante 10 minutos.
  • Energia assegurada

    É a quantidade máxima de energia, ou seja, o limite que pode ser comercializado no longo prazo por um gerador, calculada com base no pior ciclo de produção da usina. Também conhecida como garantia física.
  • Energia Eólica

    Eletricidade gerada a partir do vento, por meio de aerogeradores (“cata-ventos”).
  • Energia Solar Fotovoltaica

    Ocorre a partir da conversão da luz solar em eletricidade, por meio de células fotovoltaicas.
  • Energia Solar Térmica

    Ocorre a partir do aproveitamento da energia da luz do sol para aquecimento de um fluido (como a água, por exemplo), através de coletores solares.
  • ESCOs

    Empresas de Serviços de Conservação de Energia. São empresas especializadas na prestação de serviços relacionados à eficiência energética. Também oferecem outros serviços, na área de geração distribuída, por exemplo. Além disso, elas possibilitam que as concessionárias de distribuição de energia elétrica ofereçam serviços e projetos ligados à eficiência energética e à geração distribuída.
  • Fator X

    É um fator criado inicialmente para compartilhar parte dos ganhos de produtividade, de qualidade e de operação da distribuidora com todos os consumidores. O fator X aumenta ou diminui a receita da distribuidora com base em três parcelas: a produtividade, a qualidade e os custos operacionais. A parcela de produtividade reduz ou aumenta a receita da distribuidora com base nos impactos inerentes à variação do mercado (consumo e número de consumidores). A componente de qualidade penaliza ou bonifica a distribuidora em relação aos indicadores técnicos de qualidade do serviço prestado por ela no período avaliado. A parcela de custos operacionais penaliza ou bonifica a distribuidora em relação ao cumprimento de metas de custos operacionais estipuladas pelo agente regulador.
  • Fluxo de energia bidirecional

    Diz respeito ao fluxo de energia que segue em dois sentidos (vai e volta). As distribuidoras fornecem a eletricidade que chega até os consumidores em um sentido único (fluxo unidirecional) pelas linhas de distribuição; com a geração distribuída, a energia elétrica produzida pelos consumidores pode ser enviada à rede de distribuição, o que caracterizaria um fluxo bidirecional.
  • Fluxo de energia multidirecional

    O fluxo de energia percorre múltiplas direções, ou seja, traça caminhos que envolvem diferentes pontos de saída e de chegada.
  • Fluxo de energia unidirecional

    Diz respeito ao fluxo de energia que percorre um único sentido.
  • Garantia de suprimento

    É a segurança de que o gerador possui a capacidade de fornecer a quantidade de eletricidade necessária para abastecer o público consumidor. Para assegurar que não irá faltar energia, por exemplo, em períodos de estiagem que afetam a produção das hidrelétricas, são feitos os contratos de suprimento.
  • Garantia física

    Como também pode ser chamada a energia assegurada.
  • Geração centralizada

    A energia é gerada em um local, geralmente distante da carga e em usinas de maior porte. Posteriormente, a energia é transmitida e distribuída para o consumidor por meio das redes de transmissão e de distribuição.
  • Geração distribuída

    Ocorre quando a energia é gerada no centro de consumo ou próximo dele. Os sistemas de geração podem ou não estar conectados diretamente à rede de distribuição.
  • GW

    Gigawatt: 1 GW equivale a 1.000.000.000 de watts.
  • GWP [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O Potencial de Aquecimento Global (em inglês, Global Warming Potential - GWP) indica o quanto uma determinada substância contribui para o aquecimento global. A escala tem como base o efeito causado pelo gás carbônico (CO₂), ao qual é atribuído o valor 1. 
  • Harmônicos

    São correntes ou tensões elétricas produzidas na rede por aparelhos elétricos como motores, lâmpadas fluorescentes, máquinas de lavar roupa e transformadores, por exemplo, que podem distorcer a tensão original da rede e impactar o funcionamento de equipamentos.
  • Hidrelétrica

    A eletricidade é produzida a partir da passagem da água por turbinas hidráulicas.
  • Hidrelétrica a fio d’água

    Aquela na qual os reservatórios de água não têm capacidade de regularização sazonal ou plurianual das vazões afluentes (não possuem reservatórios de acumulação).
  • Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Gases compostos de cloro, carbono, flúor e hidrogênio. São considerados gases de transição, utilizados como substitutos dos CFCs como parte do plano de redução da emissão de substâncias destruidoras da camada de ozônio. Os HCFCs são utilizados na fabricação de outros produtos químicos. Embora tenham menor potencial de destruição do ozônio do que os CFCs, ainda apresentam alto potencial de aquecimento global.
  • Hidrofluorcarbonos (HFCs) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    São um grupo de gases sintéticos usados principalmente para refrigeração, ar-condicionado, espumas isolantes e propelentes de aerossóis. Muitos HFCs são poluentes climáticos muito potentes e de curta duração, com uma vida útil atmosférica média de 15 anos. Os HFCs foram introduzidos para substituir substâncias que destroem a camada de ozônio e atender à crescente demanda por refrigeração. A maioria dos HFCs está contida em equipamentos, portanto as emissões ocorrem devido ao desgaste, manutenção inadequada ou vazamentos no fim da vida útil do produto.
  • kV

    Quilovolt: 1 kV equivale a 1.000 volts.
  • kWh

    Quilowatt-hora: 1 kWh equivale a 1.000 watts-hora.
  • Lifecycle Refrigerant Management (LRM) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    A Gestão do Ciclo de Vida do Refrigerante (Lifecycle Refrigerant Management - LRM) é uma abordagem que busca evitar e reduzir vazamentos de gases refrigerantes e inclui a recuperação, reciclagem, recuperação e destruição. O objetivo é garantir eficiência e responsabilidade ambiental no setor de refrigeração, ar-condicionado e bombas de calor (RACHP), minimizando o impacto ambiental dos gases refrigerantes.
  • Linha de base da Emenda de Kigali [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    É o valor de referência utilizado para calcular as reduções progressivas do consumo e da produção de hidrofluorcarbonos (HFCs). Ela varia com base na classificação do país (Artigo 5 ou não) e é determinada com base na média do consumo de HFCs em anos específicos, combinada com um percentual do consumo de substâncias controladas anteriores.
  • Linha de base do Protocolo de Montreal [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Para quase todos os grupos de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs) controladas pelo Protocolo de Montreal, as partes estabeleceram linhas de base com o objetivo de fornecer um parâmetro ou nível de referência para quaisquer medidas de controle relacionadas à produção e ao consumo, como congelamento ou redução.
  • Matriz elétrica

    É a composição de todas as fontes de energia e respectivas quantidades de geração de eletricidade utilizadas em determinado lugar e em um determinado período, normalmente em um ano. No caso do Brasil, as fontes são hídrica, térmica, nuclear, biomassa, eólica, solar e PCH (Pequena Central Hidrelétrica).
  • Matriz energética

    É o conjunto de todas as fontes (primárias) e respectivas quantidades de energia consumidas em um determinado local e em um determinado período. Na matriz energética brasileira há, por exemplo, carvão, gás natural, petróleo, madeira, cana-de-açúcar, entre outros.
  • Metano (CH₄) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Gás de efeito estufa potente e poluente climático de vida curta (SLCP), emitido principalmente por atividades humanas. Tem uma vida útil de cerca de 12 anos na atmosfera. Suas principais fontes antropogênicas são: agricultura (40%), incluindo criação de gado, esterco e produção de arroz; combustíveis fósseis (35%), através de vazamentos na produção e distribuição de gás natural e petróleo, e em minas de carvão; e resíduos (20%), por decomposição de matéria orgânica em aterros, lixões e águas residuais. Embora tenha vida mais curta que o CO₂, o metano é muito mais eficiente em reter calor: 86 vezes mais potente que o CO₂ em 20 anos e 28 vezes mais potente em 100 anos.
  • Modicidade tarifária

    É um valor de tarifa considerado razoável, que esteja ao alcance dos consumidores, sem onerá-los excessivamente.
  • MOP [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    É a Reunião das Partes (Meeting of the Parties - MOP, em inglês) do Protocolo de Montreal. A MOP ocorre uma vez por ano entre os países signatários para avaliar a implementação do tratado e deliberar sobre ajustes, controle de substâncias, diretrizes de reporte, assistência técnica, orçamento, entre outras questões relevantes.
  • MW

    Megawatt: 1 MW equivale a 1.000.000 de watts.
  • Net metering

    É um sistema de compensação de energia. Nesse sistema, a energia excedente de um gerador distribuído (como painéis fotovoltaicos e microturbinas eólicas) é injetada na rede e se converte em créditos de energia para posterior compensação ao consumidor, para o caso brasileiro. Outra forma de net metering ocorre quando toda energia gerada é injetada na rede e é remunerada monetariamente pela distribuidora.
  • Nuclear

    O calor obtido a partir da quebra do núcleo de átomos (principalmente o urânio, que é o mais pesado) é utilizado para aquecer água e gerar vapor, que movimenta turbinas para gerar eletricidade. No Brasil, há duas usinas nucleares em atividade (Angra 1 e 2) e uma terceira em construção (Angra 3), que utilizam pastilhas de urânio.
  • OEWG [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O Grupo de Trabalho Aberto (do inglês Open-ended Working Group - OEWG) do Protocolo de Montreal é um órgão subsidiário estabelecido pela Primeira Reunião das Partes, com a finalidade de revisar e integrar os relatórios técnicos e científicos elaborados pelos painéis de avaliação, preparar propostas de emendas ao Protocolo, desenvolver planos de trabalho e estabelecer as modalidades necessárias para a implementação das decisões adotadas.
  • Óxido Nitroso (N₂O) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Substância incolor, atóxica e não inflamável em temperatura ambiente, também conhecida como gás hilariante. Quando inalado, atua em áreas do cérebro ligadas ao bem-estar. Pode ser produzido naturalmente ou por atividades industriais, sendo sua principal fonte os processos de nitrificação e desnitrificação do solo. É uma substância destruidora da camada de ozônio e também de efeito estufa.
  • Ozone Depleting Potential (ODP) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O Potencial de Depleção do Ozônio mede quantas moléculas de ozônio uma determinada substância pode destruir na estratosfera. É usado em termos relativos para indicar a extensão da possível destruição da camada de ozônio por diversos produtos químicos. O ODP é a razão entre a variação calculada da coluna de ozônio para cada unidade de massa de um gás emitido na atmosfera e a depleção calculada para o gás de referência CFC-11 (ODP = 1,0). Isso permite que diferentes substâncias químicas sejam comparadas usando uma unidade comum (equivalentes de CFC-11). Por exemplo, uma substância como o Halon 2402 (ODP = 6) é seis vezes mais prejudicial à camada de ozônio do que o CFC-11.
  • Parque gerador

    É o conjunto dos mecanismos de geração de eletricidade (usinas, hidrelétricas, termelétricas, parques eólicos etc.) de um determinado local.
  • Partes do Artigo 5 e Partes Não-Artigo 5 [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    Os países signatários do Protocolo de Montreal são classificados em Partes do Artigo 5 (Article 5 parties), categoria em que estão os países em desenvolvimento, e Partes Não-Artigo 5 (Non-Article 5 parties), que inclui os países desenvolvidos. Essas duas classificações contém subdivisões que seguem diferentes anos de referência e cronogramas de redução. Os Países Parte do Artigo 5 são aqueles que, ao ratificar o tratado, atendem a critérios específicos de consumo de substâncias controladas, tornando-se elegíveis para prazos diferenciados e apoio técnico e financeiro na implementação das medidas de controle.
  • Pequenas centrais hidrelétricas

    São hidrelétricas de menor porte, com capacidade instalada entre 1 e 30 MW e área total de reservatório igual ou inferior a 3 quilômetros quadrados.
  • Permissionárias

    São as empresas, pessoas físicas ou jurídicas, que recebem uma permissão do Poder Concedente para prestar um serviço público, no caso, a distribuição de energia elétrica. Essa permissão é regulamentada por meio do chamado contrato de permissão.
  • Plurianual

    Relacionado a um período de vários anos.
  • Potência

    É a quantidade de energia (eletricidade, por exemplo) que um equipamento consome em uma unidade de tempo para poder funcionar. Quanto maior a potência, mais energia ele vai consumir em comparação com um equipamento de menor potência. A unidade de medida de potência é o watt (W).
  • Price cap

    É uma forma de regulação de atividades econômicas tidas como monopólios naturais na qual é definido um preço-teto pela unidade de produto ou serviço comercializada. O teto é definido por diversos fatores técnicos e econômicos que buscam conciliar o menor preço com a remuneração sustentável da atividade da empresa.
  • Prossumidor

    Palavra que mescla produtor e consumidor, do inglês prosumer (producer + consumer). Trata-se do consumidor que passa a produzir a própria eletricidade e, em alguns casos, a fornecer parte dessa energia para as concessionárias de distribuição.
  • Protocolo de Montreal [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio é um acordo internacional destinado a proteger a camada de ozônio da Terra, eliminando gradualmente a produção e o consumo de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs). Foi assinado em 16 de março de 1987 na cidade de Montreal, no Canadá, e entrou em vigor em 1º de janeiro de 1989.
  • Rede elétrica inteligente

    É uma rede ancorada nas tecnologias da informação, da comunicação e da inteligência artificial com um fluxo bidirecional de informação e energia, ou seja, que permite a comunicação e as trocas entre os consumidores e o sistema elétrico. A definição desse termo é complexa e ampla, e não há consenso sobre ela, mas as redes inteligentes têm sido associadas, por exemplo, ao desenvolvimento dos sistemas energéticos sustentáveis, da geração distribuída, da eficiência energética e dos veículos elétricos.
  • Repotenciação

    Modernização da usina, por exemplo, por meio da troca de turbinas para aumentar a sua potência ou pelo preenchimento de espaços destinados a turbinas.
  • Retrofit

    Alterações ou adições realizadas para modernizar uma estrutura ou um sistema.
  • Revenue cap

    É uma forma de regulação de atividades econômicas tidas como monopólios naturais na qual é definida uma receita máxima. Estabelece-se, por meio de diversos fatores técnicos e econômicos, uma receita máxima que a empresa pode obter para exercer sua atividade em um período de forma a conciliar o menor custo do produto ou serviço com a remuneração sustentável da atividade.
  • Risco sistêmico

    Aquele relacionado ao sistema como um todo.
  • Sansões pecuniárias

    Multas.
  • Sazonal

    Que varia conforme as estações do ano.
  • Sistema Fotovoltaico

    O sistema que transforma a luz (radiação solar) em energia elétrica por meio de módulos fotovoltaicos, que constituem os principais componentes do sistema.
  • Stakeholders

    As partes interessadas.
  • Subsídios cruzados

    Ocorre quando um agente tem que arcar de forma implícita com o benefício usufruído por outro agente. No caso da geração distribuída, são aqueles consumidores que não se tornaram prossumidores e que pagarão tarifas de eletricidade mais caras para compensar a perda de receita da empresa com os prossumidores.
  • Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    As Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs ou, em inglês, Ozone Depleting Substances - ODS) incluem CFCs, HCFCs, halons, brometo de metila, tetracloreto de carbono e clorofórmio metílico. As SDOs são geralmente muito estáveis na troposfera e só se degradam sob luz ultravioleta intensa na estratosfera. Quando se decompõem, liberam átomos de cloro ou bromo, que então destroem o ozônio.
  • Tarifa horo-sazonal

    A tarifa que é diferente para determinado período do dia (horário) e do ano (estação seca ou chuvosa), ou seja, que varia entre os períodos de ponta e fora da ponta e os períodos seco e úmido.
  • Tarifa monômia

    Tarifa na qual a demanda de potência (kW) não é cobrada, apenas o consumo de eletricidade (kWh).
  • Tensão elétrica

    Ou diferença de potencial elétrico, é a diferença em energia potencial elétrica por unidade de carga elétrica entre dois pontos. A tensão é indicada pela medida chamada de volt (V).
  • Termelétrica

    A energia elétrica é obtida por meio da queima de combustíveis como gás natural, bagaço de cana-de-açúcar e óleo diesel.
  • Transmissão

    É o processo pelo qual a eletricidade gerada nas usinas é levada através de linhas de transmissão por longas distâncias até os pontos de conexão das redes das distribuidoras.
  • Unidade Nacional de Ozônio (NOU) [ protocolo-de-montreal-e-emenda-de-kigali ]

    A Unidade Nacional de Ozônio (do inglês National Ozone Unit - NOU) é o órgão nacional de cada país responsável pela implementação e coordenação das ações voltadas para a proteção da camada de ozônio. Atua no cumprimento dos compromissos assumidos pelo país no âmbito do Protocolo de Montreal, incluindo a formulação de políticas, a regulamentação do uso de substâncias controladas e a promoção de boas práticas para a eliminação de substâncias que destroem a camada de ozônio. No Brasil, a Unidade Nacional de Ozônio (NOU) é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
  • Volt

    (V): medida que indica a tensão elétrica.
  • Watt

    Unidade de potência de um equipamento, ou seja, determina o quanto de energia por segundo o equipamento vai precisar para funcionar.
  • Watt-hora

    Unidade de energia que representa o consumo de um equipamento de um watt de potência funcionando durante uma hora.
  • Zona de risco de insolvência

    Situação na qual a empresa devedora não consegue pagar a dívida, que se torna maior do que os seus ganhos.
  • Zona de segurança

    Situação na qual a empresa não possui nenhuma dívida e tem segurança econômica.