Este projeto foi desenvolvido pela IEI Brasil, sob coordenação do Instituto Clima e Sociedade (iCS), de janeiro a março de 2018. O estudo comparou a eficiência energética dos aparelhos de ar condicionado brasileiros com os equipamentos do Japão e da Coreia do Sul, países considerados referências em boas práticas de eficiência energética.
Se os níveis médios de eficiência energética dos equipamentos brasileiros fossem os mesmos que os desses países, o que aconteceria? É o que este projeto procurou responder a partir das informações disponíveis dos equipamentos vendidos no Brasil em 2015. Os níveis médios de eficiência dos ares-condicionados desses países foram comparados com a eficiência média dos equipamentos vendidos no Brasil, calculada com base em dados e estimativas do ano de 2015.
Os resultados da pesquisa foram publicados em um relatório que contém, entre outras informações, o cálculo dos possíveis efeitos que ares-condicionados mais eficientes no Brasil produziriam em dimensões como a geração de gases de efeito estufa e o aquecimento global; a economia de energia, refletida na conta de eletricidade paga pelos consumidores brasileiros; e a produção de eletricidade no Brasil.
O estudo mostra, entre suas conclusões, que se os ares-condicionados brasileiros tivessem níveis de eficiência semelhantes aos coreanos e japoneses seria evitada a produção de 47 a 63 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano. Além disso, o consumidor comercial brasileiro seria capaz de comprar até cinco aparelhos de ar condicionado com a economia na conta em dez anos de uso, ou seja, durante a vida útil do ar-condicionado, se os equipamentos brasileiros fossem mais eficientes (considerando de forma conservadora que a tarifa de eletricidade permaneceria constante no período de cálculo). No que diz respeito ao setor elétrico, poderiam ser economizados aproximadamente R$ 142 milhões com a construção de novas usinas graças à quantidade de energia poupada pelos ares-condicionados com melhores níveis de eficiência.